Volta
ao pó dos mortais, homem que vens, depressa,
A
chave procurar do enigma que encerra
A
paragem da morte, o mais além da Terra,
Onde
o sonho termina e a vida recomeça.
Volve
ao sono cruel da tua carne obscura,
Amassa
com o teu pranto o pão de cada dia,
Vai
com o teu padecer sobre a estrada sombria,
Para
depois ouvir a voz da sepultura.
Tomé,
coloca as mãos na tua própria chaga,
Perambula
na dor da tua noite aziaga,
Porque
a treva e o sofrer sempre hão de acompanhar-te!
Reconhece
o quanto és ignorante ainda.
A
vida é vibração ilimitada, infinda,
E o
seu grande mistério existe em toda parte...
===
Livro:
Parnaso de Além-Túmulo
Médium:
Francisco Cândido Xavier
Autor
Espiritual: Espíritos Diversos
Ano:
1932